Escravos do futuro.
Há algum tempo, pensei em escrever breves linhas sobre este tema.
Inúmeras vezes testemunho pessoas agrilhoadas, presas ao futuro,
ao que está por vir, negligenciando, gravemente o seu presente.
É o aluno que nunca está feliz, sempre adiando a sua felicidade para
quando passar em um concurso; é o colega de trabalho que vive a se
queixar do seu oficio, sempre aguardando a promoção, o aumento do
salário, ou o gozo das férias; é o amigo que só se imagina feliz quando
encontrar uma nova companheira, enfim.Eu mesmo, por vezes, prostro-me
melancólico, preocupado com o futuro das minhas filhas, dos meus pais,
enfim, temeroso em face do amanhã. Ora, é claro que nós sempre teremos
planos para o futuro e, com isso, naturais preocupações!
Isso é humano e compreensível. O perigo está quando nós nos aprisionamos
nesta dimensão. As pessoas que vivem eternamente alimentando os medos
existentes no umbral do futuro perdem o seu presente.
Deixam de ser felizes hoje. Esquecem que o presente, um dia, já foi o futuro.
E, com isso, vivem eternamente tristes. Condenadas ao passado.
Por isso, amigos do coração, precisamos ter fé em Deus, ter fé na vida, e
abrir a rosa da nossa sensibilidade para os pequenos detalhes do nosso dia de hoje.
Para as coisas boas que a vida nos dá. E são tantas. Por exemplo,Ninguém, ou
quase ninguém, dá atenção ao nascer do sol.
Você já acordou cedinho e reverenciou o astro rei?
Quando o fizer, certamente perceberá que algo grandioso ocorre ao nascer de cada dia.
É como se o universo, em cada manhã, nos desse a oportunidade de sermos felizes.
Com a certeza de que, por mais que enfrentemos tempestades e sombras, no dia seguinte,
o sol brilhará novamente, imponente, afastando do éter cósmico todas as trevas.
(Pablo Stolze)
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