SOBRE

Quem me conhece sabe!!! :)

O quase...
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

História da fotografia


Um pequeno histórico da fotografia No século XVI inovações e descobertas no campo da física e da química possibilitaram o surgimento de diversos inventos científicos. No ano de 1556, por exemplo, o alquimista Fabrício verificou que o cloreto de prata enegrecia quando exposto à ação da luz, um dos princípios básicos da construção da imagem fotográfica. O mais antigo desenho conhecido de uma câmera escura construída data de 1544 e foi feito pelo médico e matemático holandês Reinerws Gemma Fristus. Este engenho se destinava à observação de eclipses solares sem que houvesse riscos para os olhos. Tal câmera consistia em um pequeno orifício na parede externa de um quarto escuro. Os raios solares atravessavam este orifício e projetavam uma imagem invertida em uma tela colocada na parede oposta à do orifício. Câmera escura Em 1560, J.B. Porta aperfeiçoou em Nápolis a câmera escura colocando nela uma lente bi-convexa, o que melhorou a qualidade da imagem. Em 1604 o cientista italiano Angelo Sala observou o escurecimento de um composto de prata provocado pela exposição do mesmo ao Sol. O problema da época consistia em interromper tal reação, de forma que a imagem não desaparecesse pelo enegrecimento total do composto de prata. Em 1725 Johan Heinrich Schultze, professor de medicina da Universidade de Aryolf, na Alemanha, observa o enegrecimento do nitrato de prata em contato com a luz. Após algumas experiências certifica-se de que o processo poderia gravar imagens. Em 1777 o sueco Schelle descobriu que o cloreto de prata ativado pela luz é insolúvel no amoníaco. Com isso passou a ser possível dissolver o cloreto de prata não exposto à luz, fazendo com que somente permanecesse sobre a chapa a parte sensibilizada. Em 1780 o francês Charles conseguiu obter imagens sobre um papel branco impregnado de cloreto de prata. Em 1802 o inglês Wedgwood utilizou azoto de prata para obter desenhos brancos sobre um fundo escuro.
  1. Em 1813 o francês Joseph Niecéphore Niepce, inventor do litógrafo, pesquisando um método automático de copiar desenhos a traço nas pedras de litografia, desenvolveu o processo de “Heliogravura” (do grego hélios = sol e do francês gravura = gravura). Joseph Niecéphore Niepce Em 1822 Niepce colocou suas chapas de vidro revestidas por um verniz de asfalto dentro de uma câmera escura e apontou a lente através da janela do sótão de sua casa em direção ao pátio externo. Niepce deixou a objetiva aberta por cerca de 8 horas. A imagem foi fixada na chapa através de uma mistura de óleos. Em 1826 Niepce conseguiu obter aquela que é considerada a primeira verdadeira fotografia, ou seja, a primeira imagem inalterável produzida pela ação da luz. Apesar disso o processo heliográfico de Niepce era inadequado para as reproduções comuns. Em 1820 o francês Louís-Jacques Mandé Daguerre, associado ao pintor Bouton, passou a utilizar a câmera escura para obter quadros. Louís-Jacques Mandé Daguerre Em 1827 Niépce recebeu uma carta de Daguerre que lhe relatava seu interesse em gravar imagens. Anos mais tarde Niépce e Daguerre passaram a trocar correspondências sobre seus trabalhos. Em 1829 tornaram-se sócios, mas continuam trabalhando em separado e relatando suas experiências por carta. Niépce faleceu em 1833. Daguerre prosseguiu suas experiências e em 7 de janeiro de 1839, já satisfeito com seu novo processo fotográfico, dispôs-se a anunciá-lo à Academia Francesa de Ciência, que passou a chamá-lo de Daguerreótipo.
  2. Somente em agosto de 1839, depois que a autenticidade de seus retratos foi posta em dúvida, é que ele revelou que o composto usado era iodeto de prata, mais eficaz que os compostos usados por Schulze e Wedgwood. Nos Daguerreótipos as imagens eram fixadas de maneira permanente. Estes compostos químicos são atualmente conhecidos como tiossulfato de sódio. Daguerre vendeu sua invenção ao governo francês, recebendo en troca uma pensão vitalícia de 6 mil francos. O daguerreótipo era uma peça única de cobre banhada com sais de prata tratada com vapores de iodo e revelada com mercúrio aquecido. Para tornar a imagem inalterável bastava submergí-la em uma solução aquecida de sal de cozinha. O tempo de exposição para obter os primeiros daguerreótipos variava entre 15 e 30 minutos. Este tempo foi reduzido drasticamente depois que o húngaro Josef Petzval fabricou, em 1830, uma lente dupla (acromática), bem mais clara que as utilizadas até então. Entretanto a daguerreotipia ainda não era o processo definitivo, pois através dela obtia-se apenas um positivo, ou seja, uma única fotografia. Por volta de 1835 o inglês William Henry Fox Talbot obteve as primeiras fotografias em negativo. Mas ele levou cerca de 5 anos para descobrir que, utilizando iodeto de prata, o tempo de exposição se reduziria para menos de 1 minuto. Seu processo passou a ser conhecido como Calótipo e mais tarde, Talbótipo. As linhas não eram bem definidas o que tornava os detalhes apagados e enevoados. O calótipo passou a ser usado mais para reproduzir imagens de arquitetura, paisagens e naturezas mortas. Em 1851 Frederick Scott Archer inventa o processo de colódio úmido, também chamado de Chapa Úmida. Quando fotografado em boas condições de luz em estúdio, obtinha-se negativos ricos em detalhes e textura, o que permitia a obtenção de muitas cópias. Entre seus usos estavam os retratos de políticos e atores. Mas seus exemplos mais famosos são as fotografias tiradas por Roger Fenton durante a Guerra da Criméia e por Mathew Brady na Guerra de Secessão Norte Americana. A popularização deste processo foi a responsável pela morte do daguerreótipo. Com o surgimento da fotografia surge também uma nova profissão: o fotógrafo. Casas especializadas em instrumentos óticos e laboratórios especializados em químicos usados para as revelações fotográficas também começaram a aparecer. Em 1853 10 mil americanos produziram 3 milhões de fotografias. Em 1856 a Universidade de Londres incluiu a fotografia no seu currículo. Em 1861 surge a celulose e com ela o filme flexível. Gaudin produziu as primeiras emulsões gelatinosas. Em 1869 surge a primeira fotografia colorida. Em 1871 Richard Leach Maddox produziu a primeira chapa manipulável usando gelatina para fixar o bormeto de prata sobre a base de vidro ou de celulose. Com isso já não era mais necessário untar as chapas antes da exposição ou revelá-las imediatamente após a fotografia ser tirada. Esse foi um passo importante para a popularização da fotografia. Em 1880 McKellen patenteou a primeira máquina fotográfica reflex, na qual o espelho deslocava-se automaticamente durante a exposição, ligado a um obturador de cortina. Em 1881 George Eastman funda a Eastman Dry Plate Company. Em 1888 esta empresa lança a Kodak, primeira câmera fotográfica portátil com filme de rolo. Em 1922 surge o Ektachrome, primeiro filme colorido lançado pela Kodak. Em 1925 é lançada a câmera Leica, precursora das câmeras 35mm. Em 1936 é lançado o Kodachrome 35mm. Em 1949 surge a Polaroid para fotografias em preto e branco, máquina que produz fotos instantâneas. Em 1963 surge a Polaroid colorida.
  3. Vale a pena conhecer Segundo Henri Cartier-Bresson, mago da fotografia preto e branco e do flagrante, “fotografar é colocar numa mesma mira, a cabeça, o olho e o coração”. “É uma maneira de gritar, de se liberar, e não de aprovar ou afirmar a sua própria originalidade”. É em suma, uma maneira de viver. David Hamilton considera a composição e a iluminação aspectos secundários. Para ele o importante é captar a poesia presente no momento em que ele fotografa. Hamilton sempre preferiu usar trechos de poemas para divulgar seus trabalhos ao invés de dados técnicos. Brian Seed, fotógrafo norte-americano, iniciou sua carreira trabalhando na Editora Time-Life. Atualmente produz audiovisuais com fins educativos para diversas escolas. Kenneth Griffths não é considerado um fotógrafo convencional. Ele utiliza uma câmera de estúdio, fabricada a mão pela Gandolfi Brothers, de Londres. Suas fotos são sempre tiradas com exposição longa e pequenas aberturas na objetiva. Adam Woolfitt prefere as paisagens e arquiteturas com pouca iluminação. Tessa Traeger é especialista em naturezas mortas com equilíbrio nas cores. Por sua vez Ernest Haas, hoje considerado um mestre da fotografia colorida, afirma: “A fotografia é uma transformação e não uma reprodução do mundo.” O brasileiro Sebastião Salgado é considerado atualmente o maior fotógrafo de temas sociais. Trabalhando sempre em preto e branco com máquinas Leica e filme TRI-X 400, ele está há anos registrando a migração de populações devido a motivos políticos e sociais. Este economista que começou a fotografar quando fazia seu doutorado em Paris, também já registrou as lutas pela terra e o mundo do trabalho. Salgado também já foi diretor da Magnum, importante agência de fotografia criada por Cartier-Bresson. Klaus Mitteldorf, brasileiro, prefere explorar a cor. Ele tem muitos trabalhos em revistas como Playboy e Vogue. Mitteldorf morou anos na Alemanha, onde realizou trabalhos com saturação de cores. A catarinense Lair Leone Bernardoni evoca em suas fotografias atmosferas oníricas. Ela possui um controle muito bom sobre o uso de filtros e luz natural. Ansel Adams, considerado o mestre da fotografia de natureza em preto e branco, tinha na reprodução precisa dos detalhes a sua mais forte característica. Extremamente técnico, Adams criou o “Sistema de Zonas”, onde a previsualização da imagem e o seu resultado ampliado em papel acontecia antes mesmo do click final.
  4.  O termo visualização se refere a todo o processo emocional-mental da criação de uma foto, e como tal, é um dos mais importantes conceitos da fotografia. Ele inclui a habilidade de antecipar uma imagem ampliada antes mesmo de se realizar a exposição. No processo criativo isto tudo pode ser ensinado e praticado. Porém, os domínios da visão pessoal e do insight , o olhar criativo do individuo, estes já não podem ser ensinados, somente reconhecidos e encorajados. A fotografia envolve uma série de processos mecânicos, óticos e químicos que se localizam exatamente entre o objeto e a fotografia deste objeto. Cada etapa do processo nos deixa um pouco mais distantes do objeto e mais próximos da fotografia do objeto propriamente dita. Mesmo a mais realista das fotos não é a mesma coisa que o objeto real, somente sua representação, separados pelas variadas influências do sistema fotográfico. O fotógrafo até pode escolher e dar mais ênfase, ou não, a estas separações da realidade, mas ele não pode eliminá-las completamente. O processo fotográfico se inicia com o sistema câmera/lente/obturador, que vê de uma forma semelhante, mas não idêntica, ao olho humano. A câmera, por exemplo, não se concentra no centro do seu campo de visão como o olho faz, mas vê tudo com igual claridade. O olho varre o objeto para incluí-lo totalmente, enquanto a câmera registra o todo de forma fixa. Depois temos o filme, que possui uma sensibilidade que é somente uma fração daquela que o olho possui. Entender este processo, sua capacidade e seus limites é a tarefa do estudante e do fotógrafo na busca do controle total sobre a criação e qualidade da imagem final. Se falharmos na compreensão deste sistema ou optarmos pelo controle automático do processo, estaremos permitindo que o sistema dite os resultados, ao invés de possuírmos o comando para elaborar os nossos próprios resultados.
    A câmera fotográfica basica De forma bem simples, qualquer câmera fotográfica é um instrumento de fazer imagens em uma superfície. Este modo de produzir imagens já era conhecido há séculos e baseou-se no princípio ótico da câmera escura. Como o nome indica, câmera escura é um compartimento à prova de luz. Pode ser um cômodo da casa, uma caixa qualquer ou mesmo uma lata. O principal é que esta câmera escura seja totalmente fechada e não deixe entrar luz. Toda câmera escura necessita que em uma de suas faces haja um pequeno orifício. Por este orifício a luz penetrará e formará na face oposta a este furo a imagem do que estiver do lado de fora da câmera escura. Observe que no princípio ótico da câmera escura ocorre um curioso fenômeno: A imagem se forma invertida. Isto se deve ao fato de que a luz caminha em linha reta. Ao passar pelo orifício, os raios continuam percorrendo a trajetória anterior. Assim os rais de luz que se dirigem do objeto para baixo, atravessam o orifício e continuam descendo até atingirem a parte inferior da parede oposta ao orifício; inversamente, os raios de luz de baixo alcançam a parte superior da mesma parede, produzindo uma imagem invertida. As câmeras fotográficas não são nada mais que câmeras escuras, que no lugar do orifício possuem uma lente e diafragma por onde passa a luz e na face oposta um material sensível à luz: o filme. Este é o princípio de todas as câmeras fotográficas atuais, desde as mais simples até as mais modernas.